Ao chegar no píer do Cabanga Iate Clube de Pernambuco, não é difícil identificar o barco Atlântico XX, do Rio de Janeiro. O tom verde do veleiro chama a atenção. “Sim, é fácil me achar. É só procurar o Verdão. É ou não é um dos mais bonitos”, disse, bem animado, o comandante Alessandro Guimarães, no primeiro contato com a nossa reportagem para conversarmos sobre a inédita participação na Regata Internacional Recife Fernando de Noronha (Refeno).

A partida da 33ª edição da maior regata oceânica da América Latina será no dia 24 de setembro, do Marco Zero do Recife. Serão 300 milhas náuticas (560 km) até o arquipélago de Fernando de Noronha. O Atlântico é um Fast 395 e vai disputar a categoria Bico-de-proa.

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O comandante Alessandro é repórter fotográfico, já tendo trabalhado em jornal e revista. Desde 2007, no entanto, passou a morar a bordo do barco, no Clube Naval Charitas, em Niteróri (RJ). Era o antigo Moustique, veleiro conhecido pelo pessoal da Farofeno.

“Nunca fiz a Refeno, apesar de já ter feito Noronha/Recife duas vezes. Vim de fora, trazendo o barco, a gente chegou em Noronha e veio para Recife”, explicou.

Apesar da estreia na regata, o comandante Alessandro está confiante em fazer uma boa regata, com segurança. “O Atlântico é um Fast 395, modelo fase 2, com a quilha de 2,20 m. No bico-de- proa vamos brigar com os Bruce Farr 30, 38, 40”, afirmou o comandante Alessandro, que veio em solitário de Salvador para Recife.

Ele ainda aguarda a tripulação. “Estou levando passageiros, seis pessoas. Um casal, um pai com as duas filhas e mais um mineiro, eu e minha esposa. Vamos para a nossa primeira Refeno com o Atlântico”, reforçou. Mila Portilho, mãe do velejador olímpico Gabriel Borges, o Coveiro, faz parte da equipe.

Fotos: Tsuey Lan Bizzocchi e Alessandro Nogueira