O argentino Carlos Blanco Fernández já é uma figura conhecida no Cabanga. O “Velejador Solitário”, como é mais conhecido, atracou no clube há pouco mais de 15 dias para participar da 31ª Regata Internacional Recife-Fernando de Noronha (Refeno), com o barco Wisdom. Mas, mais do que isso, ele voltou ao Recife para reencontrar grandes amigos.

Carlos participará pela segunda vez da Refeno, com partida marcada para o dia 12 de outubro. Saiu de Buenos Aires sozinho, percorreu cerca de 2.600 milhas, o que dá algo em torno de 5 mil quilômetros, até o Recife. Na viagem, trouxe a motivação de participar outra vez da maior regata da América Latina e reencontrar o Cabanga, onde foi tão bem recebido

“A Refeno é um grande evento e me encantou da primeira vez que participei. Além disso, meu objetivo também foi visitar o Cabanga novamente, clube que me recebeu tão bem, e encontrar meus amigos do Brasil como Sueli, Maurício, entre outros. Me senti em casa. Sem contar também que é um grande prazer visitar o paraíso de Fernando de Noronha”, disse.

O velejador tem 68 anos, mas apenas há 11 começou a viver o sonho de criança de velejar pelo oceano. Encarou as primeiras aventuras e não abandonou mais. Mesmo sozinho, se planeja, encara possíveis os problemas e segue viagem a bordo do veleiro Wisdom como sempre quis fazer.

“Era o desejo da minha vida. Claro que nem sempre o mar está bom, tem dias ruins. Uma vez o barco foi atingido por um raio e fiquei sem comunicação, à deriva. Consegui chegar ao Iate Clube de Santos e ficou tudo bem. São situações que acontecem”, relatou.

O Wisdom participará da 31ª Refeno na classe Aberta. E, como já deu para perceber, a competição está longe de ser o foco de Carlos. Em sua estreia na regata, ele foi o penúltimo a chegar em Fernando de Noronha e, por isso, ganhou o Troféu Tartaruga Marinha. Em 2019, mais uma vez, a ideia é ir sem pressa com o objetivo apenas de concluir o percurso.

“A minha vitória é atracar em Fernando de Noronha e curtir as festas, os amigos e tudo o que a Ilha proporciona. Depois, retornar para a Argentina com meu barco sem maiores problemas”, resumiu Carlos.