Ao chegar no píer do Cabanga Iate Clube de Pernambuco, é fácil identificar o Tucannus: basta olhar para cima e avistar a bandeira de Minas Gerais. Único barco mineiro inscrito na Refeno até agora, representa um dos maiores Estados do Brasil, o que orgulha bastante o comandante Alexandre Freitas. É mais um veleiro que já está no Recife para a 33ª edição da Regata Internacional Recife Fernando de Noronha, cuja partida será no dia 24 de setembro, do Marco Zero do Recife. Serão 300 milhas náuticas (560 km) até o arquipélago.

O Tucannus é um Bavaria Cruiser 41 e vai disputar a classe Bico- de-proa. Foi construído em 2014 e fica sediado em Angra dos Reis (RJ), mas está registrado como um barco mineiro em virtude, obviamente, da naturalidade de seu proprietário. Aliás, Alexandre é embaixador da Refeno em Minas Gerais. Fez até palestra sobre a regata este ano em eventos realizados por lá.

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São seis tripulantes a bordo, sendo dois mineiros, dois paulistas e dois argentinos. Será a quarta vez consecutiva que o veleiro participa da maior regata oceânica da América Latina.

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“A Refeno pra nós é uma expectativa de um ano inteiro. Começa assim que acaba a regata e vai até a hora da próxima partida. Vivemos a Refeno o ano inteiro, na expectativa do deslocamento de mais de mil milhas de Angra para o Recife , uma aventura indescritível. É um orgulho e uma honra representar Minas Gerais”, enfatizou o comandante  Alexandre.

TENSÃO

A tripulação passou por um grande susto na perna de Salvador para Recife.  Foram três dias seguidos de viagem e, no último dia, chegando já em Recife, o Tucannus passou maus bocados. “Pescamos uma rede, que deslocou o nosso leme do local e quase o perdemos. Levamos 2h30 em alto mar para consertá-lo. Uma hora e meia depois, pegamos outra rede, que embolou na hélice e na quilha. Pescadores nos ajudaram a desvencilhar dos cabos. Saímos com o barco com a hélice comprometida. Quando ligamos o motor estava trepidando muito. E ainda batemos depois em uma baleia. Tudo isso das 3h às 11h da manhã. Mas conseguimos chegar e estamos preparados para a Refeno”, garantiu o comandante Alexandre Freitas.

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Vale a pena ressaltar que, ao chegar no Cabanga, o barco foi avaliado para atestar as avarias em decorrência das três ocorrências. E de acordo com o comandante, o leme foi bem consertado, assim como a hélice.

Fotos: Tsuey Lan Bizzocchi e Arquivo Pessoal