A bordo como único tripulante do Aventureiro 4, o comandante Hans Hutzler foi o grande vencedor da 33ª edição da Regata Internacional Recife Fernando de Noronha (Refeno). Ao chegar no arquipélago, quase na madrugada desta segunda-feira (26/09), no horário local (uma hora a mais do que Brasília), o velejador falou sobre a travessia que o fez o Fita Azul da Refeno 2022.
“Foi uma regata cansativa, mas boa. Ventinho no início estava fraco e de contra, de nordeste. Não estava no script, mas a gente teve que ir dando bordo até boia norte. Mal dava para fazer o rumo para ilha. Optei por seguir uma estratégia que já tinha dado certo em outra Refeno de contravento, em 1993, quando como navegador do Chrisleen-BA fui Fita Azul, que foi velejar mais por baixo da flotilha e aguardar a mudança prevista para o vento. E de madrugada mudou e a gente conseguiu amanhecer à frente do Patoruzú. Foi quando entrou um vento muito forte, de 33 nós, consegui mudar a vela grande na proa por uma vela menor”, descreveu Hans.
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Completando 50 anos em 2022, o velejador pernambucano se desafiou ao decidir encarar a missão de realizar em solitário a travessia da 33ª edição da Regata Internacional Recife Fernando de Noronha (Refeno). E deu certo. O Aventureiro cruzou o Mirante do Boldró no domingo (25/09) – já depois das 23h (horário local) e 22h (do Recife) -, consequentemente sendo o Fita Azul da Refeno 2022.
O catamarã completou as 300 milhas náuticas (560 km) até o arquipélago de Fernando de Noronha em 32 horas, 49 minutos e 56 segundos. O percurso foi realizado em um tempo maior do que o previsto em virtude da fraca intensidade dos ventos. A partida, com 81 embarcações, ocorreu no começo da tarde de sábado (24/09), do Marco Zero do Recife.
Fotos: Tsuey Lan Bizzocchi / Cabanga