Um iate de R$ 33 milhões e uma lancha operada por um joystick são algumas das atrações da Rio Boat Show, que começou na última quarta-feira (9) na Marina da Glória, no Rio de Janeiro. O evento será realizado até a próxima terça-feira (15). A 17ª edição da feira de barcos de luxo põe à venda mais de 120 embarcações, com preços que variam dos milhões de reais a lanchas de R$ 70 mil.
“A maior parte dos barcos expostos na feira não é para o público rico. Há barcos que custam o valor de um automóvel”, diz Márcio Dottori, diretor-técnico do Rio Boat Show. Com cem expositores na marina, de marcas como Azimut, Schaefer Yachts e Beneteau, a feira terá também 40 barcos para quem quiser fazer test drive.
Barcos com mármore e madeira nobre custam até R$ 33 milhões
Entre os destaques da feira, os barcos mais luxuosos são o iate Zaphira, fabricado pelo grupo italiano Azimut Benetti e à venda por R$ 33 milhões, e o iate Princess 82MY, importado da Inglaterra e à venda por R$ 26 milhões.
Com 28,5 metros de comprimento e sete metros de largura, o iate Zaphira tem quatro cabines para convidados e uma suíte com decoração em madeira nobre e banheiros em mármore.
O Princess 82MY é decorado com madeira nobre, tem quatro cabines e acomoda oito pessoas. Ele será lançado na feira.
Lancha pode ser operada por joystick
Uma lancha operada por joystick é também um dos destaques da Rio Boat Show. Em dois modelos, as lanchas Whaler 320 Outrage e Boston Whaler 315 Conquest, do estaleiro norte-americano Boston Whaler, chegam ao Brasil querendo ser uma brincadeira de gente grande em alto-mar. Os modelos custam a partir de R$ 850 mil.
As lanchas são conduzidas por um joystick ativado a partir de um sistema computadorizado. O console proporciona manobras mais precisas para atracar em espaços apertados, segundo o fabricante.
O joystick já é usado em iates, mas ainda não é comum em lanchas, geralmente conduzida por uma espécie de volante.
Outro destaque da feira é a lancha GT 35, do estaleiro francês Beneteau. A lancha tem espaço gourmet na popa, para atender ao gosto do brasileiro, segundo o estaleiro. Seu preço é a partir de R$ 650 mil.
“Os brasileiros preferem barcos mais arrojados, bonitos e funcionais. Eles não gostam daqueles mais tradicionais, quadradões”, diz Dotori.
Feira deve movimentar R$ 200 milhões e Copa pode impulsionar setor
Segundo Dottori, a feira deve movimentar R$ 200 milhões em negócios, com expectativa de aumento de 50% nas vendas em relação à edição do ano passado.
A Copa do Mundo também deve render lucro ao setor, mas em médio prazo, segundo o diretor da feira.
“Com a Copa, pode acontecer de muitos turistas alugarem barcos no Brasil ou mesmo voltarem ao país para comprar uma casa e um barco”, diz.