A maior preocupação do comandante da embarcação Nativo após o naufrágio em alto mar era com Renê Hutzler, deficiente auditivo que havia perdido o aparelho por conta do contato com a água. “Ele não entendia o que estávamos conversando, então entrou um pouco em desespero. O pai dele, quando chegamos em terra, até perguntou se ele tinha dado trabalho, mas a gente sabia como lidar com ele. Segurava a sua mão e falava: ‘Renê, daqui a pouco vai passar um navio’. Aí, pronto, ele entendia. Era só leitura labial. De noite tínhamos que ligar a luz para ele ver o nosso rosto e poder entender”, relatou Jorge.