O dia 11 de junho é uma data histórica para Marinha do Brasil, que neste ano, comemora o 150º aniversário da Batalha Naval do Riachuelo – um dos maiores triunfos da História das Forças Armadas do Brasil. Para celebrar este importante acontecimento – que representou o início da retomada da soberania brasileira sobre os estados do Mato Grosso e Rio Grande do Sul, invadidos em 1864 – o Cabanga Iate Clube de Pernambuco e a Capitania dos Portos de Pernambuco realizarão no próximo dia 13 de junho mais uma edição da Regata Batalha Naval do Riachuelo.

A competição, que reunirá embarcações de seis classes da vela, será realizada nas proximidades do Porto do Recife, a partir das 10h. Na classe Oceano (RGA A, RGS B e Mocra) será realizada apenas uma regata. Nas demais – Optimist, Snipe, Dingue, Day Sailer e Hobie Cat 16 – serão realizadas duas.  

As inscrições começam a partir da próxima segunda-feira (1º de junho), na secretaria do Cabanga Iate Clube de Pernambuco. O valor, por velejador, é de R$ 50. A premiação será realizada no salão de festa do clube, após as regatas.

O Aviso de Regata com todas as informações pode ser acessado clicando aqui.

Calendário das Regatas
13/06 – 10h – Optimist (duas regatas)
13/06 – 11h – Dingue, Day Sailer, Snipe, Hobie Cat 16 (duas regatas) 
13/06 – 11h – Oceano (uma regata)

O QUE FOI A BATALHA NAVAL DO RIACHUELO

A Batalha Naval do Riachuelo é considerada um dos maiores triunfos da História das Forças Armadas do Brasil. O conflito, ocorrido entre 1864 e 1870, foi resultado de uma série de disputas políticas envolvendo as nações que trafegavam na região do rio da Prata. O início da guerra só tomou forma mediante o ambicioso projeto expansionista do governo paraguaio.

O conflito naval acontecido no Rio Riachuelo foi considerado de suma importância para a vitória da Tríplice Aliança (Brasil, Uruguai e Argentina) frente às forças paraguaias. Na época, os navios da força brasileira não tinham instalações apropriadas para a navegação fluvial, o que ameaçava a perda de uma embarcação devido o encalhamento. Além disso, as embarcações eram feitas todas de madeira, o que oferecia grande risco frente a qualquer artilharia terrestre.

De acordo com a estratégia estabelecida, as embarcações do Brasil iriam realizar o bloqueio dos rios Paraguai e Paraná. As forças navais foram divididas em três grupos, um primeiro fazendo a retaguarda no Rio da Prata, e os outros dois diretamente responsáveis pelo bloqueio.

Enquanto isso, as tropas paraguaias avançavam territorialmente pela margem esquerda do Rio Paraná. Para enfraquecer estrategicamente os militares paraguaios, uma embarcação comandada por Francisco Manoel Barroso da Silva empreendeu uma batalha na cidade de Corrientes. O sucesso dos combatentes brasileiros nessa missão impediria eficazmente a ocupação paraguaia à região sul do Brasil. A importância estratégica dessa localidade fez com que as forças navais brasileiras montassem em Corrientes seu principal ponto de operações.

O plano de reação contra a Tríplice Aliança seria deflagrado na noite de 10 para 11 de junho de 1865. De acordo com o plano paraguaio, as forças navais deveriam fazer um ataque surpresa capaz de surpreender as embarcações brasileiras próximas a Corrientes, que seriam posteriormente rebocadas para Humaitá. Os conflitos começaram na manhã do dia 11 de junho, com ligeira vantagem das forças paraguaias. As forças brasileiras perseguiram os paraguaios até a foz do Riachuelo, onde seriam realizados os confrontos.

Essa primeira parte do conflito se encerrou após doze horas ininterruptas de combate. Os navios brasileiros recuaram para posteriormente retornarem ao palco de guerra com seis embarcações. A segunda parte do conflito foi completamente dominada pelos brasileiros, que conseguiram anular o poder de combate dos navios paraguaios e colocar quatro outros navios inimigos em fuga. No fim do dia, as tropas paraguaias foram vencidas e o bloqueio naval dos aliados estava garantido.

Fonte: Brasil Escola