Em uma reunião com o Comando do 3º Distrito Naval em Natal /RN, a direção da Refeno acordou as flexibilizações que serão válidas para a edição 2014 da maior competição oceânica do Brasil, a Regata Recife – Fernando de Noronha (Refeno).
Este ano, para deixar Fernando de Noronha após a Refeno, as embarcações não precisarão aguardar a partida da Regata Fernando de Noronha até Natal (Fenat) e também ficam desobrigadas a fazerem o rumo até o ponto de Split que se aplicava anteriormente às embarcações que se destinavam a outras localidades.
Esta exigência que vinha ocorrendo até então, devido a uma flexibilização anterior onde um Mestre Amador poderia comandar a embarcação durante a Refeno, tornou-se desnecessária com a obrigatoriedade neste ano, da presença de um Capitão Amador na embarcação, além de todas as embarcações da regata ser classificadas como de mar aberto-oceano, assim, o acompanhamento da Marinha com Navio de apoio até Natal não mais será necessário.
Entretanto, é bom lembrar que a isenção da taxa de ancoragem no Arquipélago devido a Refeno, termina no dia 4 de outubro. A dotação da balsa de salvamento este ano como obrigatória e não mais os infláveis adaptados para tal, foi um grande ponto positivo em termos de segurança para os participantes durante a regata.
Outra flexibilização permitida para a Refeno ainda este ano é o uso do colete classe 2, porém a partir de 2015 o colete da classe 1 será obrigatório na Refeno.
Outro ponto acordado na reunião entre o Cabanga e a Marinha foi com relação a não necessidade da embarcação portar o Epirb 406Mhz, que só será obrigatório apenas na Refeno de 2016, mas o veleiro terá obrigatoriamente que portar um Spot, onde a sua posição poderá ser acompanhada durante toda a regata pela organização da regata e pela Marinha, além de ser um dispositivo que também emite um sinal de socorro via satélite caso necessário. Por último, também foi flexibilizado a dotação de rádio HF-SSB, desde que a embarcação tenha dois transmissores VHF, sendo um deles portátil. Na Refeno de 2017 este item não mais será flexibilizado.
“Como podemos ver, as mudanças estão planejadas para ocorrer de forma gradativa nestes próximos três anos e são totalmente apoiadas pela direção da Refeno e desta forma, terminará de vez com um dos pontos de maior indefinição na regata, pois as flexibilizações sempre causam um estresse adicional para quem deseja participar”, explicou o Comodoro do Cabanga, Marcos Medeiros. “Outro ponto que sempre é bom ser relembrado é sobre a proibição de participação de embarcações classificadas como Navegação Interior. Todas as embarcações devem ser Mar Aberto-Oceano”, complementou Medeiros. “Isto inclusive, isto já vem ocorrendo há alguns anos, além da inspeção por parte da Marinha de 100% dos veleiros inscritos antes da Refeno com relação aos demais itens obrigatórios para a realização deste tipo de navegação, tais como equipamentos de navegação, cartas náuticas, dispositivos de salvatagem entre outros.”