O Cabanga Iate Clube de Pernambuco vai prestar uma grande homenagem a José Estelita, engenheiro que dá nome a avenida onde o nosso clube está situado. Em parceria com o Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano (IAHGP), o Cabanga aderiu ao projeto “A História nas Paredes”, que tem como principal objetivo instalar placas nas ruas do Recife, perpetuando a memória da capital.

A ação é voluntária e os critérios para a escolha do lugar são a boa localização, nomes de pessoas que fizeram parte da história do estado, ou ter sido palco de algum momento notável de Pernambuco.

“É uma forma de apresentarmos para nossos associados quem foi José Estelita e sua importância para o urbanismo da nossa cidade”, concluiu o comodoro do Cabanga, Jaime Monteiro Jr.

VIDA
Nascido no Recife em 1890, José Estelita foi diplomado Engenheiro Civil pela Escola de Engenharia do Recife em 1913. Ingressa cedo à vida pública, sendo nomeado engenheiro da Inspetoria das Obras Contra as Secas, onde esteve à frente da construção da estrada de rodagem de Caruaru até Taquaritinga, e da construção da ponte da Torre.

Em 1923, exerceu cargo de Engenheiro da Administração das Obras Complementares do Porto. Pouco tempo depois, assumiu o cargo de engenheiro ajudante da Diretoria de Docas e Obras do Porto do Recife.

Na parte acadêmica, engenheiro José Estelita foi assistente da cadeira de Estabilidade da Escola de Engenharia, nos anos de 37 e 38. Nos anos 40 foi professor de Urbanismo, da Escola de Belas-Artes do Recife.

Estelita foi um dos fundadores do Boletim da Secretaria de Viação e Obras Públicas, periódico que rapidamente converteu-se em um dos principais meios de divulgação e discussão da urbanística local na década de 40 e início da de 50. Além dos temas locais, escreveu sobre os principais teóricos do urbanismo moderno, sobre os problemas das grandes cidades do mundo e experiências de intervenção urbana internacionais.

Era um estudioso e pesquisador perseverante, dedicado não somente à técnica profissional. De espírito culto e bem formado, o engenheiro José Estelita estava bastante sintonizado como os projetos e ideias em relação a engenharia e ao urbanismo e sempre esteve preocupado em divulgá-las. Estelita morre em 1951, deixando como herança uma vida dedicada à profissão e a formação profissional de engenheiros na Cidade do Recife.

Fonte: urbanismobr.org