Eles têm entre 13 e 15 anos e nunca velejaram. No máximo, teve uma pequena experiência em uma jangada. Cinco jovens do 13º Grupo de Escoteiros do Mar (Gemar) de Ipojuca, no Litoral Sul de Pernambuco finalizaram, no mês de dezembro, a primeira etapa do curso de vela promovido gratuitamente pelo Cabanga Iate Clube de Pernambuco.

A intenção do clube com a Escola de Vela foi oferecer toda uma fundamentação teórica e prática da vela para que esses jovens escoteiros implantem em Ipojuca uma escola de vela para as 70 crianças do local.

“O Cabanga sempre foi uma referência no treinamento de jovens na prática do iatismo. Somos um clube com bastante expressão no cenário estadual, regional, nacional e internacional. O Cabanga é privado, mas tem uma responsabilidade social com todos. O sócio do clube apoia e aprova essa ideia. Neste momento, abrimos as portas para um projeto social que inicialmente está contemplando cinco jovens”, resumiu o comodoro do Cabanga, Jaime Monteiro Jr.

De acordo com o coordenador de vela do Cabanga, Edival Jr, os escoteiros chegaram sem nenhuma noção de vela. Por terem disciplina, um dos pilares dos escoteiros, e a idade um pouco avançada (entre 13 e 15 anos) o andamento do projeto social foi muito positivo. “Implantamos todos os fundamentos da vela, posições de velejar, manobras – tanto na parte teórica quanto na prática”, disse.

Um fato interessante é que a instrutora do projeto, Edna Silva, hoje funcionária do Cabanga, começou sua iniciação na vela através do projeto social de Lars Grael. Hoje,além de ser professora da flotilha de Optimist do Cabanga, Edna tem a função de repassar conhecimento para os escoteiros. “Fico feliz em poder ensinar o que aprendi”, resumiu a professora.

O aprendizado adquirido na água, os escoteiros levarão para sempre. “Hoje eu sei manejar um barco, o que é bombordo e boreste. Sem dúvida nenhuma uma experiência incrível participar da escola de vela do Cabanga”, disse Emily Adria, de 14 anos. “Eu já sei estabilizar uma embarcação de acordo com a direção do vento, caçar a vela e fazer o bordo”, complementou Rafael Reinaldo Nunes, de 12 anos.

“O primeiro passo é repassar esse conhecimento para esses garotos. Numa segunda etapa mais cinco virão e depois mais 500 virão e nós faremos esse trabalho se replicar brilhantemente lá em Ipojuca, especialmente em Porto de Galinhas”, finalizou o comodoro do Cabanga.