A Refeno
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A Regata Internacional Recife – Fernando de Noronha (Refeno) criada em 1986, com apenas 22 participantes, época em que estes contavam apenas com os astros para determinar sua rota de navegação. Em constante evolução vem atraindo, todos os anos, competidores do Brasil e de várias partes do mundo. E não é difícil entender por quê. O mar, o vento e o clima de Pernambuco são ideais para a navegação. E as paisagens, tanto na partida quanto na chegada, são das mais belas do país.
Os barcos partem do Marco Zero, ponto turístico do Recife e seguem com destino a Fernando de Noronha, ilha oceânica de águas cristalinas, onde é possível encontrar natureza pura, com golfinhos e atobás fazendo a festa dos visitantes. São 300 milhas náuticas de percurso, ou 560 km entre céu e mar.
A Organização
Organizada pelo Cabanga Iate Clube de Pernambuco, a Refeno quebrou um recorde em 2004 com mais de 140 barcos inscritos na regata. Veleiros de tamanhos e categorias diferentes. E o grande vencedor foi o Ave Rara, um trimarã de Pernambuco, embarcação espartana e muito veloz, comandada por Vicente Gallo.
As classes
Todos os anos, recebemos embarcações de diversas classes como: ORC, RGS, Mocra, Multicascos: Catamarãs e Trimarãs, Metal, Bico de Proa, Aberta e Turismo. Algumas dessas classes precisam apresentar o certificado de Medição, com validade anual, onde será aplicada de acordo com a correção do tempo corrigido.
Classe ORC – barcos portadores de certificado ORC, válido para o ano de 2019. A correção dos tempos reais será feita pelo sistema simplificado Performance Line Corrected Time, utilizando-se para o cálculo a distância geográfica de 291,6 milhas náuticas.
Classe RGS – barcos portadores de certificado RGS, válido para o ano de 2019. A correção dos tempos será pela aplicação do TMFAA sobre os tempos reais. A não apresentação deste certificado acarretará na aplicação do maior TMFAA de um barco semelhante cadastrado no banco de dados da BRA/RGS.
Classe MOCRA – Barcos portadores de certificados MOCRA, válido para o ano de 2019. A correção dos tempos será pela aplicação do TCF sobre os tempos reais.
Classe MULTICASCO – Catamarã
Classe MULTICASCO – Trimarã.
Classe METAL – Barcos construídos em aço ou outro metal. Barcos deste tipo poderão se inscrever nas classes RGS ou ORC, desde que tenham certificados de medição dessas classes.
Classe BICO-DE-PROA – Os barcos da Classe Bico-de-Proa deverão ser barcos do tipo monocasco que usem velas grandes, genoas e bujas confeccionadas unicamente com Dacron, Prolan ou filmes, não sendo permitida a utilização de spinnakers simétricos ou assimétricos. A inscrição de barcos nessa Classe está sujeita à análise e aprovação da Comissão Organizadora.
Classe ABERTA – destinada aos monocascos que não se enquadrarem de forma alguma nas classes ORC, RGS ou AÇO, e cujos comandantes não desejam participar da classe BICO DE PROA. Em função de análise da Comissão Organizadora, barcos de série só podem inscrever-se nesta classe quando a citada comissão não encontrar nos arquivos da RGS/ORC uma medição para o mesmo modelo.
Classe TURISMO – Nesta classe poderá se inscrever qualquer barco que não deseje participar da regata a vela. Poderá ligar o motor durante todo o percurso sem nenhuma penalização. Estarão nesta classe as embarcações que desejam participar do evento e apenas fazer turismo oficialmente na Refeno.
Uma das classes escolhidas por alguns velejadores é a classe turismo, para aqueles que desejam participar da regata sem nenhuma penalização, apenas passear.
O recorde
O atual recorde é do Veleiro Adrenalina Pura, da Bahia, que tem como comandante Georg Ehrensperger que conquistou a marca de 14 horas, 34 minutos e 54 segundos em 2007.
O recorde dos monocascos é do veleiro gaúcho Camiranga, comandado por Gabriel Samuel Albrecht, que em 2017 fez a travessia em 19h03min18.
A Premiação
Mas não é apenas o barco que chega primeiro que recebe prêmio na regata mais charmosa do Brasil. Além do Fita Azul, os três primeiros colocados das diversas classes também recebem troféus. Outras premiações também fazem a alegria dos competidores, como o primeiro estrangeiro a cruzar a linha de chegada, o barco que vem de mais longe, o tripulante mais jovem, o mais velho e o barco com maior percentual de mulheres a cruzar a linha de chegada e não termina por ai, ainda tem prêmio para o penúltimo colocado que leva o Troféu Tamar: tartaruga marinha.
E é assim, festejando do primeiro ao último colocado, que a Refeno faz sucesso. Ela é muito mais do que uma simples competição; um ponto de encontro de amigos, que escolheram a vela como estilo de vida.