Superação para completar a Regata Internacional Fernando de Noronha! Candidato a conquistar a Fita Azul da Refeno 2022, o Patoruzú (PE) teve um problema durante a travessia, mas com persistência a embarcação Trimarã conseguiu cruzar a linha de chegada – Mirante Boldró, em Noronha – em 44h14m09, com Cecília Peixoto conduzindo a embarcação no momento final.
Com sete pessoas a bordo, o Patoruzú passou seis horas à deriva em alto mar após a perda de um pino de sustentação do tirante que equilibra a estrutura do barco. A tripulação conseguiu realizar uma manobra de estabilização e seguiu de forma determinada para concluir a regata com menos velocidade para poupar o barco, que baixou a vela e consequentemente diminuiu seu ritmo.
Vale destacar que todo Trimarã tem um casco central, com quatro ferros (dois de um lado e dois do outro), com as bases chamadas de bananas.
Para a tripulação do Patoruzú, que considera que venceu o maior desafio de todas suas participações, ficou o aprendizado de que, às vezes, pelas circunstâncias da vida é preciso comemorar a conclusão das tarefas, independente do resultado.
TRIPULAÇÃO
Uma das novidades da equipe deste ano foi Cecília Peixoto, a primeira tripulante feminina do Patoruzú. Além dela e de Carlito Moura, Felipe Almeida, Humberto Carrilho, Tiago Monteiro, Rafael Monteiro e Ronaldo Barroca formaram a tripulação. O proprietário do barco é Higinio Marinsalta, argentino radicado em Pernambuco há mais de 40 anos. Higinio participou de 22 das 33 edições da história da Refeno.
O Patoruzú disputou a regata deste ano com uma tripulação renovada e mais jovem, formada por velejadores de carreira. A embarcação pernambucana foi campeã (Fita Azul) das edições de 2018, 2019 e 2021, lembrando que em 2020 a regata não aconteceu por conta da pandemia.
Fotos: Tsuey Lan Bizzocchi/Cabanga