(Fotos: Tsuey Lan Bizzocchi/Cabanga)
Vice-campeã da Regata Internacional Recife – Fernando de Noronha em 2016, a embarcação pernambucana Jahú 2 foi marcada uma longa e eletrizante história durante a participação na 29ª Refeno, que teve início no último sábado (30 de setembro), no Marco Zero do Recife.
Apesar da festa na largada, a tensão que envolveu a embarcação e seus tripulantes começou em alto mar. Após sair da capital pernambucana como uma das favoritas ao título, o catamarã velejava a 19 nós quando um leme se quebrou. Até o momento, tudo sob controle, já que o comandante ainda contava com um leme para realizar a travessia até a Ilha.
Com 150 milhas percorridas – metade do caminho -, houve a quebra do segundo leme. Neste momento, a comissão de regata já havia acionado o navio reboque para ajudar os velejadores. Foi ali que o comandante pediu que baixassem a vela, a tripulação improvisou um novo leme e o barco conseguiu voltar para a competição com maestria.
“Tivemos que soltar a pá do leme para continuar navegando, mas pedi para que salvassem-na, porque seria nossa única salvação. Tiramos uma vela e colocar uma bomba de água. Desse jeito, a corrente e o vento conseguiram nos levar, e fomos tentando arrumar. Passamos cinco horas neste sofrimento”, explicou Luis Moriel, comandante da embarcação.
“Ficamos o tempo todo em contato com a Marinha. Todos estavam cientes das nossas coordenadas, o que foi importante, pois nos deixou tranqüilos por saber que, se não houvesse jeito, seríamos localizados. Mas a gente queria mesmo era ajeitar e seguir competindo”, complementou.
Apesar de todo transtorno, o barco Jahú 2 foi o 26º a cruzar a linha de chegada, na Praia de Boldró, em Noronha. Os pernambucanos concluíram a travessia em 39h13min29s, chegando à Ilha às 4h03 desta segunda-feira (2).