Contagem regressiva. Faltando exatos 30 dias para partida da 27ª edição da Regata Recife-Fernando de Noronha (Refeno), o Cabanga Iate Clube de Pernambuco apresentou, na tarde da última quarta-feira (26), os detalhes e as novidades da edição 2015 de uma das maiores regatas oceânicas do Brasil, com partida marcada para o dia 26 de setembro, no Marco Zero.

Na coletiva de Imprensa, que contou com a presença de vários jornalistas, o comodoro Jaime Monteiro Jr, o diretor técnico da Refeno, Evaldo Altino, e Diretor de Vela Oceano, Sérgio Avellar, deram detalhes da Refeno 2015. Em sua fala, o comodoro destacou a importância da Refeno para a vela nacional, além do turismo náutico e do incremento na economia do Estado que a Refeno proporciona.

O diretor financeiro da Administração de Fernando de Noronha, Daniel Bezerra, falou sobre os preparativos da Ilha de Fernando de Noronha para a Refeno. Além disso, destacou o potencial turístico da regata, que é uma das três maiores festividades do Arquipélago. O vice-presidente da Empetur, Guilherme Leitão, destacou a importância da Refeno para o turismo pernambucano e a parceria entre o Cabanga Iate Clube e a Empetur.

Na parte técnica, Evaldo Altino destacou as mudanças para edição desse ano. Além do percurso – que a partir deste ano seguirá direto para Fernando de Noronha sem passar por Boa Viagem, como no último ano, o diretor técnico da Refeno, fez um resumo das embarcações inscritas nesta 27ª edição. “É uma regata muito conhecida no meio esportivo. Ao longo de toda história já teve representantes de 22 países”, destacou.

Até o momento, 62 embarcações estão inscritas na Refeno 2015. Este número envolve participantes de nove estados do Brasil, além de uma embarcação internacional, da França. São Paulo é o lugar mais bem representado, com 16 barcos inscritos. Pernambuco vem logo atrás, com 15. As inscrições podem ser feitas acessando o site da Regata.

Coube a Tenente Eleniude, da Capitania dos Portos de Pernambuco, abordar as mudanças nas exigências de segurança para edição 2015 da Refeno. “Toda embarcação terá que ter o aparelho Epirb, um equipamento de segurança que pode ser acionado manualmente ou automaticamente quando entra em contato com a água.

Por fim, ela ainda destacou que a assim como nos últimos anos a Marinha dará todo apoio para garantir a segurança das embarcações e suas tripulações. “Estamos com um navio que acompanhará o percurso da Refeno até Fernando de Noronha. Além disso, antes da largada, realizaremos inspeção em todos os barcos inscritos”, complementou. 

Sobre as questões de segurança, Jaime Monteiro Jr. reiterou a importância da Marinha e das flexibilizações dela: “Essas exigências da Marinha podem acabar sendo interpretadas como uma penalização, mas não são. Elas são praticadas para a segurança de todos”, finalizou.

CLASSE IMPRENSA
O diretor de Vela Oceânica do Cabanga, Sérgio Avellar, apresentou outra grande novidade da Refeno 2015 – a criação da classe Imprensa. “Teremos um sorteio entre embarcações catamarãs para que os jornalistas-velejadores possam atuar como tripulantes da embarcação durante a regata. O primeiro veleiro com um jornalista a bordo que chegar ao Arquipélago ganhará o Troféu da Classe Imprensa”, explicou.

Inicialmente, o Cabanga realizará a categoria apenas com os jornais impressos pernambucanos –Diario de Pernambuco, Folha de Pernambuco e Jornal do Commercio. “Nossa ideia é fazer um projeto piloto este ano e a partir das demais edições ampliar para Revistas, Sites, TVs e Rádio”, adiantou Sérgio Avellar.

PROGRAMAÇÃO
Além das atividades de vela, Sérgio Avellar anunciou as atividades culturais que serão presentes na Refeno, como o lançamento de livros e o Jantar de Premiação, que será realizado no Museu do Tubarão. Além disto, será feita uma doação de material escolar para a Creche Bem-Me-Quer, que atende a 300 crianças na ilha.

A REFENO
A Refeno é considerada a primeira regata oceânica e a mais longa do Brasil. Ela foi criada em 1986. O atual recorde é do veleiro Adrenalina Pura, da Bahia, que tem como comandante Georg Ehrensperger. Ele conquistou a marca de 14 horas, 34 minutos e 54 segundos em 2007. O recorde dos monocascos é do veleiro carioca Indigo, comandado por Ivan Botelho com Torben Grael na tripulação, que em 2011 fez a travessia em 25 horas, 57 minutos e 59 segundos.