Os alunos do 5º Ano C do Ensino Fundamental I do Colégio Madre de Deus visitaram, nesta terça-feira (26/10), o Restaurante Chicama, no Recife. A atividade fez parte do “Projeto Gastronomia Periférica, uma alternativa para desenvolver atitudes solidárias”, que durante o ano apresentou aos alunos a necessidade de evitar o desperdício de alimentos.
A professora Jussara Baracho acompanhou a visita, assim como todo o projeto dos alunos. E destacou a importância da visita para os alunos, que farão uma apresentação na próxima quinta-feira sobre tudo o que foi realizado durante o ano.
“A nossa visita foi para que os alunos vissem como se dá o aproveitamento integral dos alimentos. O que ele faz para evitar desperdício de alimentos e se ele cria receitas aproveitando isso. Nesta quinta-feira (28/10), eles vão apresentar o que aprenderam ao longo do ano. Sem contar que conseguimos plantar uma semente neles. Alguns relataram que mudaram até de vida, criaram mais consciência. Foi muito importante”, destacou a professora.
A visita foi um importante complemento para o projeto. Os alunos conversaram com o chef Biba Fernandes, do Chicama, sobre como evitar o desperdício de alimentos e aproveitaram também para mostrar a ele o que já tinham feito.
“Aprendemos muito com os estudos, as pesquisas e até as brincadeiras. O caule do coentro, por exemplo, que ninguém nunca come, tem mais cálcio do que o leite. Foi legal aprender sobre isso. Em casa, já fiz até brigadeiro com casca de banana. O projeto nos trouxe muito aprendizado”, disse a aluna Juliana Gama Sanches, de 11 anos.
São esses aprendizados que ficarão para os alunos na formação deles como cidadãos e da consciência coletiva. “Temos que acabar com essa cultura na comunidade. A sociedade não dá muita atenção a isso e não evolui. Temos de mudar o pensamento, aproveitar integralmente os alimentos e diminuir o desperdício”, pontuou o estudante Theodor Ferreira, também de 11 anos.
Sócio do Cabanga e proprietário do Chicama, o Chef Biba Fernandes também aprovou a visita. Foi o momento de ele passar um pouco do seu trabalho e também aprender com as crianças no projeto em que elas estão executando.
“Foi uma experiência ótima. Eu adorei e espero fazer outras vezes. Acho que foi uma troca muito boa de experiências. A gente aprende muito com as crianças porque o mundo está tão digital, elas com conhecimento tão avançado que fazem perguntas que adultos não fariam. Ao mesmo tempo, posso ensinar sobre o que fazemos aqui no restaurante com as comidas, com as aparas dos legumes, a espinha, a cabeça e o rabo do peixe que vira um caldo. Então, todo mundo sai ganhando. o cliente por ter um prato saboroso e a gente tendo um desperdício menor, jogando menos lixo na rua. É um trabalho em cadeia que complementa o outro”, concluiu.